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Irreverente? C'est 3 Aircross
Irreverente? C'est 3
Com Destino: Norte

Nas curvas do rio

Tomamos a Invicta como ponto de partida para um delicioso périplo pelo Douro, ao longo da EN 222, “a melhor estrada do mundo para conduzir”. No final, juntamos três destinos Património da UNESCO: o centro histórico do Porto, o Alto Douro Vinhateiro e as gravuras rupestres do Côa.

Dia 1

Porto › Vila Nova de Gaia › Avintes › Samodães › Cambres (Lamego)

Decidimos trocar as voltas ao curso natural do rio e começar a viagem pela sua foz. Destino incontornável, o Porto está cada vez mais na moda, dentro e fora de portas, a ponto de a estação norte-americana CNN ter considerado que a Invicta é “mais cool do que Lisboa”.

Não tomamos partidos, mas também não temos dúvidas de que a capital do Norte merece que nos demoremos nela o tempo suficiente para encher a alma e apurar os sentidos. Com uma mão-cheia de cenários difíceis de esquecer, do Museu de Arte Contemporânea e Parque da Fundação de Serralves à Casa da Música, passando pelo centro histórico (elevado a Património Mundial da UNESCO em 1996), percorremos monumentos históricos da cidade como a Torre dos Clérigos, a Estação de S. Bento, a Sé do Porto, o Palácio da Bolsa, e acabamos a atravessar a Ponte Luís I até à zona ribeirinha das caves do vinho do Porto de Gaia, na outra margem.

Graças ao sistema de ajuda activa do Park Assist do Citroën C3 Aircross, estacionamos sem dificuldade. O difícil será escolher qual a cave a visitar. Da Kopke – a mais antiga de todas – às várias opções da Sogrape (Caves Ferreira, Offley e Sandeman) ou a Ramos Pinto, acabamos por optar pelo espaço Porto Cruz e subir ao Terrace Lounge 360°, cuja vista para a Ribeira do Porto é praticamente imbatível. O bar, orientado por Paulo Ramos, da Cocktail Academy, oferece formas inovadoras de degustar o vinho do Porto, com direito a petiscos (como as iscas de cachaço de bacalhau com agrião) do chef Miguel Castro e Silva.

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Preparamo-nos para prosseguir viagem. A ideia é fazer o troço da EN 222 entre Peso da Régua e Pinhão, considerado, num teste promovido pela Avis, como a “melhor estrada do mundo para conduzir”. A escolha teve por base uma fórmula desenvolvida por um físico quântico, que combina uma análise da geometria da estrada, o tipo de condução, a aceleração, o tempo de travagem e as distâncias. A fórmula foi testada e chegou-se à conclusão de que o índice ideal é de 10:1, ou seja, 10 segundos de condução em linha recta para cada segundo gasto numa curva. Com uma relação 11:3, os 27 km da EN 222 fazem dela a estrada que mais se aproxima do ideal do Avis Driving Ratio. À sensação criada pela condução mais exigente e desportiva, acresce a vista privilegiada.

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Então do que estamos à espera?

De Vila Nova de Gaia a Peso da Régua são 120 km e três horas de viagem. Não é certamente a opção mais rápida, mas uma opção para quem quer partir à descoberta. A primeira paragem é logo ali ao lado, em Avintes. A broa da terra é uma tradição que remonta ao século XIV, e nós queremos levar mantimentos para o caminho. Não é fácil chegar à padaria Arminda & Neto, em funcionamento desde 1812, mas é para isso que existem os sistemas de navegação.

Por curvas e contracurvas, tendo o rio por companhia, passamos por Castelo de Paiva, Cinfães, Caldas de Aregos e Resende até chegar a Samodães, onde vale a pena fazer um desvio para conhecer o luxuoso Six Senses Douro Valley. A cadeia asiática escolheu a Quinta do Vale Abraão (que em tempos pertenceu à aristocrática família Serpa Pimentel) para abrir, em 2015, o seu primeiro spa resort na Europa, dando nova vida ao antigo Aquapura. Apesar da decoração contemporânea, os interiores da casa apalaçada rementem para o passado e a vocação vinícola da propriedade. Além do programa de bem-estar e dos prazeres da mesa (o hotel contratou o chef Ljubomir Stanisic como consultor executivo), o Six Senses proporciona aos hóspedes provas diárias e cursos sobre vinhos do Douro e do Porto, além de visitas a quintas históricas da região ou experiências personalizadas, à medida de cada cliente.

Para quem procura uma opção mais em conta, a Quinta da Pacheca, em Cambres, pode ser uma boa aposta. Rodeada de vinhedos que se estendem até ao Douro, esta quinta de ambiente que tem tanto de familiar como de aristocrático é uma das mais conhecidas da região (também ela antiga propriedade de D. José Freire de Serpa Pimentel), destacando-se pelo facto de ter sido das primeiras a engarrafar vinhos com marca própria.

O Wine House Hotel fica instalado numa casa típica do século XVIII, e o pátio, onde existe um marco pombalino a lembrar de que estamos em território demarcado, também serve para entrada nos lagares onde se fazem as pisas.

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Vista dos telhados e das coloridas casas do Porto, com a Torre dos Clérigos ao fundo
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Rua e Estação de São Bento, no Porto
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Uma típica cave de vinho do Porto, em Gaia
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O Six Senses Douro Valley abriu portas em 2015 na Quinta do Vale Abraão
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A Quinta da Pacheca foi uma das primeiras a engarrafar vinhos com marca própria

Dia 2

Peso da Régua › Folgosa do Douro › Pinhão

O dia amanhece cedo e porque não há estadia na Pacheca que não traga com ela uma visita à quinta e uma prova vínica, só regressamos à estrada depois de conhecer os imponentes lagares e os processos de vinificação explicados pela enóloga Maria Serpa Pimentel. Entre tonéis, pipas e balseiros, poderíamos ficar ali mais umas quantas horas, mas o Sol já vai alto e o tempo urge.

Peso da Régua tem o estatuto de porta de entrada para o Douro Vinhateiro. Por isso, antes de avançarmos para o desejado troço da EN 222, atravessamos o rio para espreitar o Museu do Douro. Aqui poderá ver a colecção de objectos etnográficos associados à vitivinicultura duriense, uma colecção de rótulos e cartazes de vinho do Porto e ficar a saber um pouco mais sobre a história do barão de Forrester, escocês que foi pioneiro nos estudos científicos sobre viticultura e autor do primeiro mapa sobre a Região Demarcada do Douro.

Rodeados por uma paisagem em socalcos, traçada pelas mãos do Homem e Património Mundial da UNESCO, estamos prontos para iniciar os 27 quilómetros de condução divertida e desportiva prometidos pela tal “estrada perfeita”.

Peso da Régua

Passamos a Barragem da Régua e, quando estamos a ganhar balanço, o Citroën Connect recorda-nos a aproximação ao DOC, em Folgosa do Douro. A fama desta “janela gastronómica sobre o Douro” obriga a interromper o percurso ou a repeti-lo para vir aqui almoçar. Rui Paula ganhou recentemente a primeira estrela Michelin (há muito merecida) com a Casa de Chá da Boa Nova, em Leça da Palmeira, mas este continuará a ser um laboratório gastronómico privilegiado, baseado em várias gerações de receitas culinárias. De qualquer modo, aqui fica o aviso: com um total de 93 curvas e uma sequência de subidas e descidas curtas (já depois da passagem da foz do Távora, e na aproximação à vila do Pinhão), deixe o estômago descansar antes de voltar à estrada.

Na confluência dos rios Torto e Douro, a EN 222 manda-nos curvar à direita em direcção a Vila Nova de Foz Côa. Desobedecemos e percorremos mais dois quilómetros até ao Pinhão. Aqui são várias as quintas durienses com as portas abertas a visitas e degustação dos seus vinhos, por isso é tudo uma questão de escolha e tempo disponível. No caso da Quinta do Seixo, o grupo Sogrape criou aqui um projecto contemporâneo de linhas estilizadas, que se tornou uma atracção para quem já não se contenta só em ver as adegas tradicionais de Gaia. Por sua vez, à entrada do Pinhão, a Quinta das Carvalhas, propriedade da Real Companhia Velha, é uma das mais emblemáticas quintas do Alto Douro, com referências que remontam ao ano de 1759, sendo que uma boa parte dos seus vinhedos – de vinhas velhas – representa uma das mais ricas e variadas colecções de antigas castas durienses. Da sua posição predominante na encosta da margem esquerda do Douro, virada ao Pinhão, passamos o rio. Do outro lado está a Quinta do Bonfim, que pertence à família Symington, cuja presença na região remonta a cinco gerações. Aberta ao público desde Maio de 2015, tem um pequeno museu e uma sala de provas com terraço exterior e vista para o rio, e permite a visita ao antigo armazém de envelhecimento, à adega e aos seus modernos lagares, podendo ainda fazer trilhos pelas vinhas. Fica a 300 metros da Estação de Caminho-de-Ferro do Pinhão.

Quinta do Seixo
Quinta das Carvalhas
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As margens do Douro no Peso da Régua
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No Museu do Douro encontra documentada uma boa parte da História desta região
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A deslumbrante vista sobre as curvas do Douro
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Aproveite para desfrutar de um vinho do Porto na Quinta do Seixo
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As caves contemporâneas da Quinta do Seixo
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Na loja da Quinta do Seixo encontra, para além dos vinhos, diversos produtos regionais

Dia 3

Pinhão › Ervedosa › São Salvador do Mundo › Vila Nova de Foz Côa

Da varanda do Vintage House, um dos hotéis emblemáticos do Douro, que recentemente se tornou propriedade da The Fladgate Partnership (que também detém o The Yeatman, em V.N. Gaia), acordamos a olhar o rio. À entrada do Pinhão é fácil regressar à EN 222 e retomar o percurso, finalmente em direcção a Vila Nova de Foz Côa.

Depois da visita às quintas vitivinícolas, o terceiro dia é dedicado às vistas. Em território de S. João da Pesqueira, terra que detém o foral mais antigo de que há memória e onde também há um Museu do Vinho, damos início ao Circuito Turístico dos Miradouros do Património Mundial. A primeira paragem é o miradouro de Frei Estêvão, também conhecido como miradouro da Abelheira. Segue-se o miradouro de Nossa Senhora do Vencimento, a 781 metros de altitude; o da Senhora das Neves que proporciona vistas sobre os montes vinhateiros, os olivais, o rio Douro, a foz do Tua e a ponte ferroviária da estação do Tua; e ainda o dramático miradouro da Capela da Senhora de Lurdes, no alto de um morro granítico, escarpado e íngreme. Nestas viagens de descoberta, o Grip Control é muitas vezes útil, pois adapta a motricidade das rodas dianteiras do veículo em função do terreno encontrado.

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São João da Pesqueira

Pelo caminho, uma paragem na cozinha tradicional do Toca da Raposa, em Ervedosa do Douro. Do bacalhau no pão, que é assado na brasa e envolto em batatas, grelos, broa e azeite, dourado no forno e servido no pão, ao ensopado de javali, que culmina com um bolo borrachão com Porto muito velho, pode ter a certeza de que vai sair daqui com uma expressão de felicidade estampada no rosto.

Fazendo um desvio merecido, vamos até São Salvador do Mundo. Daqui avista-se o vale do Douro em todo o seu esplendor, o rio e os seus afluentes, as vertentes abruptas, encostas escarpadas e agrestes que contrastam com os vinhedos, as oliveiras e os pomares e, ao fundo, a Barragem da Valeira e o histórico Cachão da Valeira, famoso por ter sido o local da morte do barão de Forrester, a 12 de Maio de 1831.

Chegamos a Vila Nova de Foz Côa ao entardecer. É aqui, entre vales cultivados com vinhas, oliveiras e amendoeiras, que está escondido um dos grandes tesouros do País. A arte rupestre do Côa, classificada Património da Humanidade em 1998, possibilita uma viagem única ao passado, proporcionada pelo Museu e Parque Arqueológico do Vale do Côa.

Grip Control
Museu do Vale do Côa
Museu do Vale do Côa
Figuras rupestres de Foz Côa

Mas agora é tempo de descansar. O último troço da EN 222 leva-nos até à Casa do Rio, o mais recente projecto da Quinta do Vallado, que decidiu alargar a área de vinhas próprias para o Douro Superior. A Quinta do Orgal, em Castelo Melhor, é uma propriedade de 70 hectares onde existe uma extensão do wine hotel da Régua. Com apenas seis quartos, tem uma localização estratégica e uma vista de cortar a respiração. Neste local, o isolamento e a força da natureza têm um impacto tão forte que só por si tornam a experiência única. Como extra, vem a arquitectura do edifício totalmente em madeira (assinado por Francisco Vieira de Campos), que já lhe valeu o galardão de “Práticas Sustentáveis de Enoturismo” nos Best of Wine Tourism de 2016. Um mimo para os sentidos.

Com Personalidade

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