Partilhe nas Redes Sociais

Irreverente? C'est 3 Aircross
Irreverente? C'est 3
Com Destino: Centro

A Oeste tudo de novo

O centro do País é uma região marcada pela História, mas também pelo património e pela natureza em estado puro. Da real cidade de Leiria, aventuramo-nos pelo Oeste. Sempre com o mar à vista, e às portas da capital.

Dia 1

Leiria › Marinha Grande › Nazaré › Caldas da Rainha › Óbidos

Situada praticamente a meio da distância entre Porto (176 km) e Lisboa (143 km), marcando o ponto onde o Norte se une ao Sul, Leiria é uma cidade em movimento, que surpreende pela animação das suas ruas estreitas e também pela riqueza cultural que encerra.

Com todos os seus cafés, bares e restaurantes, a Praça Rodrigues Lobo é uma espécie de sala de visitas e é lá que começamos o dia. Do muito interessante Museu de Leiria que ocupa os claustros da Igreja de Santo Agostinho ao Museu do Moinho do Papel, usado a partir do século XV no fabrico de papel, são vários os pontos de interesse nesta cidade atravessada pelo rio Lis, a ponto de estar em preparação uma candidatura a Capital Europeia da Cultura em 2027.

Praça Rodrigues Lobo
Museu de Leiria
Mercado de Sant'Ana

É o caso da Rota do Crime do Padre Amaro que nos leva pelas ruas que inspiraram Eça de Queiroz a escrever a história do romance proibido entre Amaro e a jovem Amélia. Ou ainda do vibrante Mercado de Sant’Ana (hoje centro cultural), um dos muitos edifícios com a assinatura de Ernesto Korrodi, o arquitecto suíço que veio viver para Leiria em 1894 como professor de Desenho e acabou por ser o maior responsável pela imagem da cidade, inclusive pela reconstrução das ruínas do castelo medieval, convertido em palácio real aquando do nascimento de D. Afonso IV, filho de D. Dinis e da Rainha Santa Isabel. Ex-líbris da cidade, é um ponto de paragem obrigatória. Tal como é o restaurante regional Casinha Velha, que surgiu para concorrer (ou aproveitar as “sobras”) com o célebre Tromba Rija e agora vale ele próprio a viagem.

Dezoito minutos de estrada separam-nos da Mata Nacional de Leiria, na Marinha Grande. Mandado plantar por D. Afonso III, o Pinhal de Leiria (como é conhecido) deve o seu desenvolvimento a D. Dinis, rei visionário que à época já sonhava com as naus dos Descobrimentos. Ainda hoje esta é uma das maiores florestas portuguesas, com diversos trilhos naturais que convidam a caminhadas.

No fim da ER 242-2, está São Pedro de Moel, cuja praia é uma das mais pitorescas do litoral português com um charme único e a sua forma de concha perfeita. Inebriados pela maresia lançamo-nos pela Estrada Atlântica em direcção à Nazaré, povoação cujas ondas (e Garrett McNamara) têm projectado além-fronteiras. Apesar da fama e do número crescente de surfistas, esta terra de lendas e tradições, de mar e pesca, de gente simples e hospitaleira, ainda mantém a autenticidade de outros tempos. É a nossa deixa para experimentar o habitáculo espaçoso e ultramodulável do Citroën C3 Aircross que, graças ao seu banco 2/3-1/3 deslizante nos permite atingir um comprimento de carga de 2,40 m e comprar uma prancha de surf há muito desejada.

O espaço do C3 Aircross

Mais meia hora de viagem até São Martinho do Porto e vamos comemorar a decisão ao Pesqueiro 25, marisqueira que nasceu de uma amizade de infância dos chefes Rodrigo Castelo e João Diogo Esteves. Uma fórmula de sucesso que já tem réplica no Cais do Sodré, em Lisboa.

Pesqueiro 25
Pesqueiro 25

Daqui às Caldas da Rainha não são mais de 16 quilómetros (pela N 242 e depois pela N 8). “Terra de águas e de artes”, a cidade merece uma paragem mais demorada, mas desta vez ficamo-nos por uma visita à Casa-Museu São Rafael e à loja e fábrica de Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro, cujo legado artístico continua bem vivo e a ser reinventado, quer através da recuperação de moldes e lançamento de peças desconhecidas, quer através da contemporização da marca com parcerias com artistas.

Das Caldas a Óbidos é um salto de oito quilómetros e é lá, nesta vila medieval muralhada, um dos cartões-postais de Portugal, que terminamos o dia.

Slide 1
A Praça Central de Leiria
Slide 2
A pesca na Nazaré ainda recorre a métodos artesanais
Slide 3
O acervo da Casa-Museu São Rafael é constituído sobretudo por cerâmica produzida na Fábrica Bordalo Pinheiro
Slide 4
O Pesqueiro 25 é uma marisqueira com vista para a baía em São Martinho do Porto
Slide 5
Vista dentro das muralhas em Óbidos
Slide 6
No Literary Hotel em Óbidos tudo gira à volta da leitura
Slide 7
A fusão entre os livros e a culinária no Literary Hotel
Slide 8
A praia do Baleal em Peniche tem atraído inúmeros surfistas nacionais e internacionais
Slide 9
Santa Cruz é conhecida sobretudo pela sua praia e pelo seu Carnaval de verão
Slide 10
O desenvolvimento das Azenhas do Mar como estância balnear ocorreu em meados dos anos 30

Dia 2

Óbidos › Peniche › Praia da Areia Branca › Santa Cruz › Ericeira › Lisboa

Ninguém nega que o Mercado Medieval é um dos grandes eventos de Óbidos. Com o castelo como pano de fundo, actores e figurantes percorrem as extraordinariamente bem preservadas ruas da vila-museu vestidos a rigor. São feirantes, malabaristas, bailarinas, jograis, músicos, nobres e mendigos que fazem as delícias dos visitantes, quase sempre tentados a levar uma ginjinha para casa. Os sucedâneos Festival do Chocolate, Vila Natal e Festival Literário têm aumentado a fama de Óbidos e ajudado a escrever novas páginas na sua história.

Foi o que optámos por fazer ao pernoitar no The Literary Man, um hotel literário instalado num antigo convento que aposta num conceito único e diferenciador.

Longe de estar congelada no passado, Óbidos surpreende pelo seu dinamismo. Graças ao projecto de Vila Literária, a vila celebra os livros nos locais mais inesperados. É o caso da Grande Livraria de Santiago, instalada numa igreja do século XII, às portas do castelo ou de uma antiga adega transformada em bar-biblioteca de vinhos. Mas chega de cultura e pensamentos contemplativos. Agora é tempo de mergulhar na espuma branca das ondas do Oeste.

Óbidos
Óbidos literária

Uma passagem pelo Baleal é obrigatória para qualquer aspirante a surfista. Na água, há dezenas de pranchas e é possível marcar uma aula numa das escolas e alojamentos que aqui nascem à velocidade do vento. Para quem prefere outro tipo de desporto, na vizinha Peniche o peixe é rei e senhor. Não faltam boas grelhas, mas na Tasca do Joel será sempre bem servido.

Outra opção é ir até à Foz do Arelho, Lagoa de Óbidos e… porque não até ao golfe da Praia d’El Rey? No ranking dos 100 melhores da Europa, este campo de 18 buracos desenhado pelo renomado arquitecto de golfe americano Cabell B.Robinson oferece vistas espectaculares sobre o Atlântico.

A rota prossegue para sul pela N 247, com passagem pela praia da Areia Branca, Lourinhã ou Porto Novo, mas na verdade esta é uma road trip sem paragens obrigatórias. Vá até onde a vontade o levar. No nosso caso, a senhora que se segue é Santa Cruz que, como toda a gente sabe, não tem o melhor clima do mundo. Mas tem personalidade q.b. para angariar uma mão-cheia de adeptos, vigorosos defensores da sua natureza quase virgem. Ora é precisamente numa das suas praias mais afastadas e selvagens, a praia da Mexilhoeira, que fica o Areias do Seixo, um hotel de charme que graças ao seu conceito – que une ecologia, design e exclusividade – tem conseguido colocar Santa Cruz na mira das revistas de viagens e lifestyle de todo o mundo.

Tasca do Joel
Pesca na Ericeira
Cabo da Roca

Também na moda está o Noah, outra escola de surf, desta feita com direito a bar, restaurante e esplanada, debruçados sobre a praia da Física. É um espaço cosmopolita que tanto serve snacks e tostas como uma cataplana de peixe e marisco, a par de uma agenda cultural que vai de concertos a ciclos de cinema ou aulas de ioga. Sem ser propriamente um desconhecido na região, o Clube Naval da Praia da Assenta é uma boa alternativa para quem se arrepia com a palavra “moda”. Criado por uma família de pescadores no local onde antes existia uma lota, fica a apenas 12 quilómetros de Santa Cruz. A ementa? Tudo peixe fresco, vendido ao peso e confeccionado e servido de forma simples e genuína.

Até Cascais, as características cénicas da N 247 não desiludem. O concelho de Mafra soma 11 quilómetros de costa e várias praias de mar batido, areia grossa e clara, enquadradas por bonitas arribas rochosas. Até Lisboa são 28 minutos de auto-estrada. Mas se não tiver pressa, as possibilidades são muitas. Ou segue para o interior, em direcção a Mafra, onde pode visitar o imponente Palácio Nacional de Mafra, o mais importante símbolo da arquitectura barroca em Portugal, obra de D. João V, ou segue o cheiro da brisa do mar, rumo às praias, da Calada, São Lourenço, Ribeira d’Ilhas, ou a praia dos Pescadores, na Ericeira. Depois pode deixar-se seduzir pela proximidade do Parque Natural Sintra-Cascais e fazer um desvio até à Praia Grande, Azenhas do Mar, Colares, Sintra ou mesmo ao Cabo da Roca, o fim da Europa e desta viagem.

Com Personalidade

Que condutor és tu?

O teu estilo vê-se na forma como conduzes, como exploras os recursos do carro e até na forma como estacionas, na cor do carro e na música que ouves.
Responde a estas 9 perguntas e descobre se és um condutor citadino, um desportivo ou um aventureiro.

1

Estás a sair do trabalho à hora de ponta. O que fazes?